Por: Daiane Santosdaiane.santos@diariopopular.com.br
As notícias não são nada promissoras para os moradores do Laranjal, em Pelotas. Segundo o Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep), o ano-novo deve começar sem água nas torneiras do bairro, devido à grande demanda. O problema, que vem se agravando desde o início de dezembro, deve se estender até o dia 5 de janeiro, quando o número de veranistas tende a diminuir e o fornecimento normalizar. Há mais de dez anos a chegada do verão e o aumento do fluxo de turistas são sinônimos de dor de cabeça para os moradores do local, obrigados a conviver com a falta de água e o excesso de explicações por parte do órgão responsável pelo abastecimento.
No entanto, soluções efetivas para o problema são poucas e a população continua sofrendo ano após ano, mesmo pagando a conta em dia. “Não aguento mais isso. Tenho criança pequena em casa e nem para dar descarga no vaso tem água”, afirma a professora Jacinta Lourdes Bourscheir, moradora da rua Uruguaiana, próximo à orla do Laranjal. Mesma situação da diarista Giovana Lopes de Lopes, há dias sem água. “Uma amiga veio de Florianópolis me visitar e vai embora porque não pode nem tomar um banho.” Na sua casa a água só sai de numa torneira baixa, localizada no pátio e apenas em alguns horários. “Tenho até perdido trabalhos, pois sem água não tenho como limpar e as casas daqui (Laranjal) estão todas sem.”
Enquanto isso, o Sanep tenta explicar o contratempo sem muito sucesso. “Não temos o que fazer. Estamos no limite da nossa produção de água. Vamos tentar remanejar de outros bairros para o Laranjal, mas isso não fará muita diferença”, informa o diretor-presidente do órgão Jacques Reydams. Por dia, 38 milhões de litros de água são direcionados ao Laranjal, volume insuficiente para atender o grande consumo, agravado pelo calor. Desde sábado, dois caminhões-pipa estão tentando complementar o fornecimento de água nos balneários. Quem estiver sem água em casa pode telefonar para (53) 3026-1092 e pedir o auxílio dos caminhões.
Solução ainda vai demorar
Na semana passada, o Sanep afirmou em comunicado que as quedas de luz na região onde fica a Estação de Tratamento (ETA) do Sinott seriam a principal causa da falta de água no bairro Laranjal. O órgão informou ainda já ter entrado em contato com a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), pedindo uma solução para o caso. A partir de 2014, R$ 40 milhões devem ser investidos na construção da ETA São Gonçalo com capacidade de produzir 42 milhões de litros por dia, volume suficiente para minimizar o transtorno. As obras devem ser licitadas até 15 de janeiro e concluídas em três anos. "Não teremos mais aquela desculpa de que faltou energia, faltou água. Essas são as ações possíveis antes da conclusão da nova estação de tratamento", conclui Jacques Reydams.
Na semana passada, o Sanep afirmou em comunicado que as quedas de luz na região onde fica a Estação de Tratamento (ETA) do Sinott seriam a principal causa da falta de água no bairro Laranjal. O órgão informou ainda já ter entrado em contato com a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), pedindo uma solução para o caso. A partir de 2014, R$ 40 milhões devem ser investidos na construção da ETA São Gonçalo com capacidade de produzir 42 milhões de litros por dia, volume suficiente para minimizar o transtorno. As obras devem ser licitadas até 15 de janeiro e concluídas em três anos. "Não teremos mais aquela desculpa de que faltou energia, faltou água. Essas são as ações possíveis antes da conclusão da nova estação de tratamento", conclui Jacques Reydams.