quarta-feira, 25 de setembro de 2019

SELEÇÃO DA CUFA ESTREIA NO CAMPEONATO CARIOCA FEMININO, NESTA QUARTA-FEIRA

Equipe formada pelas melhores jogadoras da Taça das Favelas enfrenta o LBD/Porto Real, fora de casa



A Seleção da Central Única das Favelas (CUFA) estreia nesta quarta-feira, dia 25 de setembro, no Campeonato Carioca Feminino. A equipe formada pelas melhores jogadoras da Taça das Favelas Rio 2019 vai a campo contra o LBD/Porto Real, no Estádio Renato Monteiro, em Porto Real, cidade do Sul Fluminense, às 15h. 
O time que representa o futebol feminino da CUFA está no Grupo E da competição, juntamente de Flamengo, Campo Grande, Greminho e o adversário desta quarta, LBD Porto Real.
“É um grupo difícil, mas nosso time está muito bem preparado. Todas as meninas estão focadas, e a gente acredita que pode fazer um grande campeonato, assim como foi na Taça das Favela”, disse a técnica da equipe, Monique Oliveira. “O nível do dos treinamentos está melhor a cada dia”, concluiu.
“É um grande marco para a nossa instituição estar participando de uma competição desse nível. É o reconhecimento de anos de trabalho em prol do futebol feminino, através da Taça das Favelas. Esperamos fazer um grande Campeonato”, projeto Mario Love, coordenador de esportes da CUFA.
Depois de quarta-feira, a Seleção da CUFA volta a campo no próximo sábado para fazer o seu primeiro jogo com mando de campo no torneio. Será contra o Campo Grande, em Moça Bonita, estádio do Bangu, que recebeu as três últimas finais da Taça das Favelas Rio.
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NOTA DE SOLIDARIEDADE – ÁGATHA FÉLIX

Menina foi morta na sexta-feira, no Complexo do Alemão

A Central Única das Favelas - CUFA, tendo em vista o fato ocorrido na última sexta-feira (20), na Fazendinha, Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio de Janeiro, que ocasionou o falecimento da menina Ágatha Vitória Sales Félix, vem a público se solidarizar com a família da vítima, bem como com todas as pessoas que têm se manifestado em favor de uma política de segurança que seja eficaz e que, é claro, não vitimize inocentes.      
Sabemos que são muitas crianças vítimas de uma guerra sem vencedores, resultantes de uma lógica de segurança pública que muda a cada gestão, mas que continua incapaz de resolver o problema sem sacrificar as pessoas que já sofrem o impacto direto dessa violência, como se elas fossem objeto de teste, sem valor humano.
Entendemos que o Estado não pode naturalizar estes fatos, tratando como algo comum e tapando os ouvidos para o grito de socorro, de justiça e de respeito, oriundos destes territórios. Tampouco criminalizar os que protestam quando suas origens forem as mesmas dessas vítimas.
A família da pequena Ágatha não é a única a ser injustiçada por essa tragédia. Outras famílias choram seus entes, vítimas dessa mesma lógica.    
Os moradores das favelas que protestam não podem ser confundidos com bandidos, nem com arruaceiros. Pois são pessoas de bem, exigindo seus direitos, comprometidas com a justiça e a vida. Assim que devem ser vistos. Por isso, apoiamos o movimento “Parem de nos Matar” e estaremos em suas ações. Sabemos que este caso não é único no Rio e nem no Brasil nos últimos anos, mas precisa ser o último. 
O combate a todos os crimes é dever do Estado e terá o nosso apoio, mas não podemos aceitar que seja às custas da vida dos moradores das favelas.
Cufa - Central Única das Favelas