sexta-feira, 28 de maio de 2010

Atividades Carnavalescas em Pelotas!!!

(comentário a noticia do Diário Popular de 25/05)
 Por: Virginia Borges
           Coord. Cufa Pelotas-RS








Creio que as Entidades que discutem o carnaval não estão muito cientes das decisões que tem para tomar. Lendo a reportagem de hoje (25/05) do DP, me deparei com os possíveis locais do carnaval, e fiquei chocada. É a exclusão definitiva da festa popular do calendário popular (para ser redundante e trágico!).Colocar o carnaval em áreas periféricas da cidade, pode até parecer uma alternativa de potêncialização das regiões, mas sem duvida nenhuma também pode parecer uma forma de exclusão de uma comemoração popular, referênciada como uma das melhores da região (não que eu compartilhe dessa opinião! nem se quer participo da folia).
Me preocupa significativamente o fato de quererem que o carnaval aconteça no Pestano ou na Guabiroba. Se o carnaval já costuma ser apontada como uma festa violênta em área de grande circulação social - como as áreas centrais das cidades, imagina em localidades afastadas? Digo isso com base em outros eventos, nada carnavalescos que já ajudei a organizar, ou mesmo participei e vi o descaso, por exemplo da Brigada Militar, em seder policiamento ao evento em detrimento a outros acontecimentos na cidade, como a Fenadoce (Falo do Corpus Christi, que acontece na mesma época da feira em geral, e que muitas vezes os jovens tão referênciados na manhã seguinte pelo glorioso trabalho, passam dificuldades a noite com os vandalos e motoristas desrespeitosos na madrugada... Isso que é um evento na zona central... mas a Fenadoce, como sempre é a Fenadoce, uma referência na cidade).
Creio que isso seja de interesse coletivo, não pela participação em si da folia de Momo, mas pela repercursão negativa que um carnaval em área afastada pode levar. Ou talvez esse seja mesmo o motivo para tal sandisse, afastar o carnaval das áreas centrais e colocar a responsabilidade de eventuais disturbios cometidos na empolgação da folia, na criminalidade que ronda os nossos bairros periféricos. Lamentável!! Façamos algo... enquanto há tempo!

domingo, 23 de maio de 2010

UFRGS terá papel central em plano de combate ao crack


Centro de pesquisa da universidade foi apontado como centro de referência


Por: fabio.schaffner@gruporbs.com.br

O Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas (CPAD) do Hospital de Clínicas e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) terá um papel estratégico no plano de enfrentamento ao crack lançado ontem. O CPAD coordena algumas iniciativas-chave do programa federal Ações Integradas, que está incluído no plano e tem como foco o combate ao crack.

Durante o lançamento do pacote de medidas contra a droga, o CPAD foi apontado por autoridades como um dos centros de referência para a criação de cursos de especialização e mestrado sobre crack em universidades federais. O centro de pesquisas gaúcho já está trabalhando na preparação de material didático. O HCPA também terá o primeiro dos seis centros colaboradores que serão implantados em hospitais universitários brasileiros. Segundo o plano governamental, esses centros oferecerão atendimento ambulatorial e de internação, além de pesquisar metodologias de tratamento e reinserção social.

Entre as tarefas que estarão a cargo do CPAD encontra-se também a de fazer um diagnóstico sobre a situação do crack no país, com pesquisadores de outros centros brasileiros. Por meio do cruzamento de dados do SUS e dos cadastros de saúde, os estudos irão indicar quantos são os usuários, qual é o tratamento que recebem e que tipo de perfil.

– Pacientes, familiares e profissionais das clínicas serão entrevistados por questionários estruturados, e os dados serão cruzados para identificação das práticas que produzem melhores resultados – explica o diretor do CPAD, Flavio Pechansky.
Investimento de R$ 410 milhões em 2010
Causadora de chagas sociais e violência urbana, a epidemia de crack que assola o país levou o governo a destinar R$ 410 milhões, ainda este ano, para ações de combate ao tráfico, tratamento de usuários e campanha de prevenção. Lançado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack abrange medidas de nove ministérios, órgãos do Judiciário e entidades da sociedade. O valor, agora distribuído em várias frentes para coibir o avanço do crack, é 17 vezes superior ao montante que o governo pretendia investir este ano no Programa Nacional de Redução da Demanda e Oferta de Drogas, até então resumido a R$ 24,13 milhões no orçamento da União.

– Não vamos deixar uma geração de jovens brasileiros perder um futuro cada vez mais promissor. Temos de agir agora – disse ontem o presidente, ao assinar o decreto que instituiu o programa de combate à droga.

Concebidas a partir de um pedido pessoal de Lula há 40 dias, as políticas contra a disseminação da pedra serão implementadas ao longo do ano. Apesar dos números superlativos apresentados – como o treinamento de 100 mil pessoas para assistência a usuários – a única medida que tem vigor imediato é a ampliação dos leitos para internação na rede pública de saúde. Com investimento previsto de R$ 90 milhões, o Ministério da Saúde deseja dobrar as vagas para viciados nos hospitais gerais credenciados ao SUS, passando dos atuais 2,5 mil leitos para 5 mil leitos.


Governo federal vai lançar uma campanha inspirada na ação Crack, Nem Pensar

Discursando no encerramento da 13ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, o presidente Lula pediu o engajamento dos prefeitos.

– É primordial a participação dos prefeitos. Em função dos projetos que apresentarem, nós vamos financiar as políticas adotadas nas cidades – prometeu Lula.

Como o governo não dispõe de dados atuais sobre o volume de consumo de crack e considera ainda incipientes as pesquisas científicas sobre a droga, serão criados centros de referência em hospitais universitários para estimular o desenvolvimento de estudos específicos. Enquanto profissionais irão montar consultórios de rua, atendendo os usuários, as polícias federal, civil e militar pretendem atuar em batidas conjuntas para reprimir o tráfico. De acordo com o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, as apreensões de crack crescem no país.

– É um tráfico pulverizado, e a droga é produzida fora das nossas fronteiras – afirmou.

Universitários do Projeto Rondon, líderes religiosos e comunitários, professores e monitores de projetos vinculados à Central Única das Favelas serão treinados para visitar comunidades e prevenir crianças, jovens e adolescentes sobre os riscos da pedra. Tendo a campanha do Grupo RBS, Crack, Nem Pensar, como referência, o presidente Lula determinou ainda a criação de uma ação similar que será oferecida a todos os veículos de comunicação do país, sem fazer menção à marca do governo.